De que adiantaria demonstrar fraternidade na cidade, na vizinhança, se em casa este modo de vida não era praticado. O simples ato de lavar uma louça deixada na pia da cozinha pelo pai, mãe ou irmão, secá-la e guardá-la sem que fosse preciso pedir ou mandar, já era um ato de fraternidade. A simples aceitação sem resmungos, intejeições ou manifestações de incômodo a um pedido da mãe ou do pai em casa, era um gesto de fraternidade.
O Santo de Assis imaginava (e vivia) essas pequenas coisas como um comportamento natural para o homem e deveria ser algo indispensável na vida cotidiana.
Ao viver a fraternidade em sua plenitude, o homem seria capaz de fazer da sua vida e a dos seus semelhantes ( a quem francisco chamava Irmãos) uma alegria que somente poderia vir do céu e, com isso, tornar o passar dos dias algo menos pesado, menos sofrido, menos solitário.
À medida em que dividissem o peso dos fardos uns dos outros, em que carregassem as cruzes uns dos outros quando lhes faltassem forças no dia a dia, as dificuldades, as tristezas, as dores seriam diminuídas e, para Francisco, isso era a Fraternidade que gerava a verdadeira alegria. Isto era viver na Terra como Jesus viveu. Em última análise, era amar universalmente.
A força deste sentimento fraterno seria tão intensa que ultrapassaria o sentir e se tornaria agir, transporia o universo humano e se estenderia a todas as criaturas. Assim, o homem seria completamente livre e pobre. Livre do egoísmo, da ganãncia, da sede de poder e dominação e pobre do desejo desmedido, da fome de possuir aquilo que nem mesmo era necessário.
Deste modo, esta espiritualidade desejada por Francisco para todos é ainda atualíssima, uma vez que, o Mundo carece urgentemente de Fraternidade, amor entre irmãos que ajuda a viver, construir e amenizar. Algo que dividido, se multiplica e rende frutos cem por um. Esta fraternidade desejada por Francisco para todos é o que falta no homem de hoje, nos tempos de hoje e que, sem dúvida, seria o ponto final nas guerras, conflitos, genocídios que estão se tornando cada vez mais presentes em nosso Mundo.
Que o Santo de Assis nos ajude a nos convertermos à esta espiritualidade antes que seja tarde!
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