sexta-feira, 23 de maio de 2014

Ecos de Francisco de Assis no Mundo de Hoje

         Francisco de Assis foi um homem que viveu intensamente a fraternidade, por isso a tudo e a todos chamava de Irmãos. Para ele, esta espiritualidade estava presente na vida humana de um modo integrado ao próprio estado de viver. Não poderia ser desligada, desvinculada das menores ações do homem desde seu nascimento e em todos os momentos e situações de sua vida, fosse na convivência social, no trabalho, na família. Aliás, para ele, era na família onde os primeiros passos na fraternidade eram dados. 
        De que adiantaria demonstrar fraternidade na cidade, na vizinhança, se em casa este modo de vida não era praticado. O simples ato de lavar uma louça deixada na pia da cozinha pelo pai, mãe ou irmão, secá-la e guardá-la sem que fosse preciso pedir ou mandar, já era um ato de fraternidade. A simples aceitação sem resmungos, intejeições ou manifestações de incômodo a um pedido da mãe ou do pai em casa, era um gesto de fraternidade.
       O Santo de Assis imaginava (e vivia) essas pequenas coisas como um comportamento natural para o homem e deveria ser algo indispensável na vida cotidiana.

       Ao viver a fraternidade em sua plenitude, o homem seria capaz de fazer da sua vida e a dos seus semelhantes ( a quem francisco chamava Irmãos) uma alegria que somente poderia vir do céu e, com isso, tornar o passar dos dias algo menos pesado, menos sofrido, menos solitário.
       À medida em que dividissem o peso dos fardos uns dos outros, em que carregassem as cruzes uns dos outros quando lhes faltassem forças no dia a dia, as dificuldades, as tristezas, as dores seriam diminuídas e, para Francisco, isso era a Fraternidade que gerava a verdadeira alegria. Isto era viver na Terra como Jesus viveu. Em última análise, era amar universalmente.
       A força deste sentimento fraterno seria tão intensa que ultrapassaria o sentir e se tornaria agir, transporia o universo humano e se estenderia a todas as criaturas. Assim, o homem seria completamente livre e pobre. Livre do egoísmo, da ganãncia, da sede de poder e dominação e pobre do desejo desmedido, da fome de possuir aquilo que nem mesmo era necessário.
       Deste modo, esta espiritualidade desejada por Francisco para todos é ainda atualíssima, uma vez que, o Mundo carece urgentemente de Fraternidade, amor entre irmãos que ajuda a viver, construir e amenizar. Algo que dividido, se multiplica e rende frutos cem por um. Esta fraternidade desejada por Francisco para todos é o que falta no homem de hoje, nos tempos de hoje e que, sem dúvida, seria o ponto final nas guerras, conflitos, genocídios que estão se tornando cada vez mais presentes em nosso Mundo.
        Que o Santo de Assis nos ajude a nos convertermos à esta espiritualidade antes que seja tarde!

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